Estendendo-se harmoniosamente pela encosta sob o manto protector do seu castelo mouro, a pitoresca cidade de Silves desde sempre encantou os seus visitantes com as suas histórias de riquezas passadas e lendas exóticas de princesas árabes.
Embora seja uma importante zona agrícola e o maior produtor de laranjas do país, a Silves actual possui poucos vestígios do esplendor do seu passado. Capital de Al-Faghar (Reino do Algarve) durante a ocupação árabe da Península Ibérica, Silves ou Xelb, como era chamada pelos Árabes, ostentava belos edifícios, tesouros fabulosos e bazares exuberantes que lhe valeram o título de “Bagdade do Ocidente”.
Hoje, as muralhas do castelo são o único indício da magnificência de Silves. Os vestígios árabes consistem em silos subterrâneos, um tanque de água do século XIII, com 10 metros de altura, e um poço com 60 metros de profundidade. Os torreões de grés oferecem encantadoras vistas panorâmicas para os campos em redor e os jardins interiores são um óptimo local para passear a pé.
A reconquista cristã de Silves no século XIII foi celebrada com a construção de uma catedral no local de uma antiga mesquita. Acolheu outrora o túmulo do rei D. João II e conserva ainda grande parte dos elementos góticos.
Silves é especialmente animada durante a Feira Medieval, no Verão, quando a cidade reconstitui os tempos medievais e o centro histórico se enche de malabaristas, pessoas trajadas à época e bancas de rua onde se vende comida e artesanato regionais.